quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Concacaf estuda candidatura de México/EUA/Canadá à Copa de 2026


Esportes

Concacaf estuda candidatura de México/EUA/Canadá à Copa de 2026

28/12/2016 às 19:15 - Atualizado em 28/12/2016 às 20:03
Show koji
Reuters Dubai (EAU)
Dirigentes do futebol dos Estados Unidos, do Canadá e do México devem se reunir no ano que vem para discutir a possibilidade de uma candidatura conjunta para organizar a Copa do Mundo de 2026, disse nesta quarta-feira (28) o presidente da Concacaf, Victor Montagliani.
A Fifa confirmou em outubro que vai aceitar candidaturas conjuntas para o torneio de 2026, sem qualquer restrição quanto ao número de países em uma mesma proposta.
"É obviamente uma possibilidade", disse Montagliani à Reuters nos bastidores de uma conferência esportiva em Dubai. "Estamos totalmente cientes de que cada país poderia provavelmente organizar por conta própria".
A Concacaf é a entidade responsável pelo futebol nas Américas do Norte e Central e no Caribe.
Em caso de vitória, seria a primeira vez que a Copa do Mundo aconteceria em uma país da Concacaf desde a Copa de 1994 nos Estados Unidos, e a primeira em mais de um país desde o Mundial de 2002 realizado no Japão e na Coreia do Sul.
"É hora de voltar", disse Montagliani, acrescentando que a Concacaf "absolutamente" espera que o torneio de 2026 seja organizado por um de seus 41 membros.
A Copa de 2026 também pode ser a primeira com um aumento no número de participantes de 32 para 48, caso a proposta defendida pelo presidente da Fifa, Gianni Infantino, seja aprovada.

VISIT MANAUS - AMAZONAS - BRAZIL !


Manaus

Uma das mais belas espécies de araras, a canindé, volta aos céus de Manaus

29/12/2016 às 05:00
Show araara mg 0804
Silane Souza Manaus (AM)
Sem aparecer há pelo menos dez anos em Manaus, as araras-canindé (de cores azul, amarelo e preto) voltaram a ser vistas este ano na cidade. Há relatos de revoada dessa espécie em diversas áreas verdes da capital, dentre as quais a do Museu da Amazônia (Musa), no bairro Cidade de Deus, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e do conjunto Acariquara, no Coroado, além do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), no Adrianópolis.
O veterinário Anselmo D’Affonseca contou que viu um casal de araras-canindé com um filhote na mata do Inpa e há três semanas viu um bando com aproximadamente 42 araras-canindé passar pelos céus do Musa. De acordo com ele, que fotografou essa espécie de arara numa reserva do Inpa, na BR-174, e em Balbina, em Presidente Figueiredo, nunca tinha visto essas araras em Manaus. “Foi uma surpresa porque pela primeira vez vi araras-canindé voando na cidade”, afirmou.
Conforme o jardineiro Naldo Silva, 30, houve muita revoada de araras-canindé na floresta do conjunto Acariquara. Ele relata que elas apareciam de manhã cedo e no final da tarde. Agora, elas continuam indo ao local, mas em menor quantidade. “Antes vinham mais e tanto araras vermelhas quanto azuis. Elas faziam muito barulho quando estavam comendo frutos dos açaizeiros e das azeitoneiras. Atualmente elas continuam aparecendo, mas em bando pequeno”, disse.
A bióloga Aline Ramos dos Santos viu araras-canindé na Área de Proteção Ambiental (APA) da Ufam. Ela disse que ficou surpresa com a quantidade de araras por perto, nessa época, tanto no conjunto Acariquara quanto na Ufam. “Elas estão muito presentes agora. Acho que nunca vi tanta arara, com tanta frequência, como nos últimos dias! Além do ‘ressurgimento’ das canindés, de uma forma geral, está tendo mais araras na área. Qual será o motivo?”, questiona a bióloga.
De acordo com o pesquisador do Inpa Mário Cohn-Haft, as araras-canindé começaram a aparecer, em grande quantidade, em Manaus, em outubro deste ano. Ele disse que não da para saber o que trouxe essa espécie de arara, que não aparecia na cidade há pelo menos dez anos ou mais. “Esse é um evento misterioso. Não está claro se o que estimula é a abundância de alimento onde aparecem ou a escassez em seu lugar de origem ou as duas coisas juntas”, observou.

 (Foto: Anselmo D’Affonseca/Divulgação)
Fenômeno semelhante com tucanos
e acordo com o pesquisador do Inpa Mário Cohn-Haft, essa não é a primeira vez que acontecem invasões esporádicas de aves atrás de comida em Manaus. Conforme ele, em 1989-1990 houve uma invasão de tucanos na cidade. Foi um movimento inédito como este que está sendo observado com as araras-canindé.
Periquitos apresentam comportamento sazonal no V8
O pesquisador do Inpa Mário Cohn-Haft comparou a revoada de araras-canindé com as dos periquitos nas palmeiras do condomínio Ephigênio Salles, na Zona Centro-Sul. Só que estes últimos decidiram voltar todos os anos.
“Eles ficaram comendo a safra de manga e dormindo no V8. Depois foram para a várzea para se reproduzir, mas voltaram nos anos seguintes. Agora passam seis meses na cidade e voltam para a várzea para reprodução. Alguns ainda ficam aqui na época do verão, mas a maioria dos 12 mil que dormem no V8 vão para a várzea para se reproduzir. Esse bicho tem super memória, sabe onde tem comida. É capaz de isso acontecer no próximo ano com as araras. Pode ser que ano que vem elas voltem de novo. Algumas para ver se têm recurso, se não tiver, farão só uma volta de reconhecimento e não vão ficar”.
Desmatamento, aterros e o fim dos buritizais
O pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) Mário Cohn-Haft afirmou que as araras-canindé deixaram de aparecer em Manaus há pelo menos dez anos. Conforme ele, os fatores que as fizeram serem ‘eliminadas’ da cidade foi o desmatamento de áreas verdes, aterro de igarapés e destruição de buritizais.
Conforme ele, as araras começaram a aparecer novamente em outubro e permanecem até agora. Mas elas não mantêm a rota perfeitamente previsível, estão indo onde tem comida. “Parece que aqui elas têm muita coisa para comerem tanto frutos de árvores frutíferas plantadas, como azeitoneira, quanto também de árvores nativas das nossas áreas verdes, como açaizeiro”, disse.
Ele ressalta que não se sabe o que causa as invasões esporádicas de aves, como a observada com as araras-canindé. “Esse evento é completamente desconhecido”, pontuou.  “Mas muitas espécies de ave no mundo inteiro que dependem de comida, principalmente frutas, que podem ter safra boa ou ruim, tem tendência de seguir a disponibilidade de alimento”, completou.
Cohn-Haft conta que arara é um ‘bicho’ com vida longa, memória excelente e sociabilidade entre si pela troca de conhecimento. “Esse tipo de evento é mais provável acontecer com bichos que comunicam entre si informações sobre recurso. Um bicho desses voa longa distância atrás de comida. Pode ser até mesmo arara da cidade que foi embora e depois de muito tempo voltou porque sabe onde tem comida”.
Frase
“O que nos resta é o prazer de poder assistir um espetáculo tão bonito como esse de ver a revoada de araras-canindé. É um privilégio podermos observar esse evento especial que é tão incomum acontecer. É o tipo de coisa para contar para os nossos netos. Talvez eles cheguem a ver também”. Mário Cohn-Haft, pesquisador do Inpa

(Foto: Anselmo D’Affonseca/Divulgação)

São Paulo pode perder João Schmidt para o Atalanta, diz jornal

São Paulo pode perder João Schmidt para o Atalanta, diz jornal

Segundo o site Corriere dello Sport, o volante chega ao clube italiano em junho
O Estado de S.Paulo
29 Dezembro 2016 | 10h15
O São Paulo corre o risco de perder um de seus atletas mais valorizados no mercado. Com contrato até junho de 2017, João Schmidt ainda não acertou sua renovação e está negociando com o Atalanta, da Itália, segundo o site Corriere dello Sport.
A publicação afirma que Schmidt chegaria na metade do próximo ano, em um investimento na casa de 2 milhões de euros (R$ 6,8 milhões). Para tentar seguir com o jogador, o clube do Morumbi ofereceu uma valorização de 100% no salário de R$ 60 mil mensais. Ele, contudo, não se mostrou inclinado a aceitar.
Foto: Rubens Chiri/Saopaulofc.net
joão Schmidt
Investimento para contar com o volante seria na casa de 2 milhões de euros
Sem Hudson que foi emprestado ao Cruzeiro e com chances de perder outro volante, o São Paulo sonha com a chegada de Bruno Henrique, que defende o Palermo. O ex-corintiano, contudo, se diz feliz e adaptado ao futebol europeu, o que dificulta uma possível vinda nesta janela de transferências.
Até o momento o clube tricolor já acertou as chegadas de Wellington Nem, Neilton e Sidão. Já o meia Cícero está muito próximo de ser anunciado oficialmente.

SO ESCANDALO NO FUTEBOL BRASILEIRO !

Esquema de corrupção na CBF recebeu R$ 120 milhões, diz FBI

Esse é o valor da soma das propinas pagas a Del Nero, Marin e Ricardo Teixeira – os três últimos presidentes da entidade
JAMIL CHADE / CORRESPONDENTE EM ZURIQUE ,
O Estado de S.Paulo
06 Dezembro 2015 | 07h00
Marco Polo del Nero, José Maria Marin e Ricardo Teixeira – os três últimos presidentes da CBF – montaram um esquema corrupto que arrecadou pelo menos R$ 120 milhões em propinas. Investigações lideradas pelo FBI apontaram que eles cobraram uma espécie de “pedágio” para cada empresa que procurava a entidade com a meta de fechar acordos de transmissão ou de exploração de marketing.
Ao Estado, fontes próximas à investigação nos EUA indicaram que os valores manipulados pelos brasileiros estão entre os maiores do escândalo que sacode o futebol mundial. O que impressionou os investigadores do FBI é o caráter sistemático das propinas cobradas. No documento emitido pelo Departamento de Justiça, o envolvimento dos três cartolas é resumido em uma frase: “Eles conspiraram de forma intencional para fraudar a CBF.”
Os investigadores revelam que o esquema criou uma situação em que acordos comerciais mais vantajosos para o futebol deixaram de ser assinados. A opção era sempre por empresas que estivessem dispostas a pagar propinas. As vítimas, segundo o FBI, foram a CBF e o futebol brasileiro, que poderiam ter arrecadado mais para financiar clubes e torneios.
Foto: Michael Probst/AP
Jamil Chade é premiado por reportagens do escândalo Fifa/CBF
Investigação do FBI abalou a estrutura de corrupção montada por cartolas
Del Nero, Marin e Teixeira dividiram, por exemplo, R$ 2 milhões por ano em propinas pagas pelo empresário José Hawilla para as edições anuais da Copa do Brasil.
Teixeira, ainda nos anos 90, também fechou um acordo com Hawilla para dividir o lucro que o empresário teria obtido ao intermediar o acordo da Nike com a CBF avaliado em US$ 160 milhões. Outros US$ 40 milhões foram para uma conta na Suíça, divididos entre Hawilla e Teixeira.
Uma parte significativa da corrupção montada estava relacionada com a Copa América. A Datisa, empresa que em 2013 comprou os direitos de transmissão e marketing até 2023 para o evento, concordou em pagar US$ 3 milhões por edição do torneio ao presidente da CBF no momento do evento.
Mas o valor da corrupção pode ser ainda maior. Del Nero, por exemplo, compartilhou propinas com Marin para pelo menos três edições da Copa Libertadores da América. Teixeira ainda recebeu “milhões de dólares” para garantir a presença dos melhores jogadores brasileiros nas edições da Copa América entre 2001 e 2011. Os valores não foram divulgados por enquanto.
Na avaliação do FBI, o que surpreende na investigação é o “caráter endêmico” da corrupção – e também os métodos usados para tentar esconder o dinheiro. Foram usadas malas repletas de dinheiro, notas frias, contratos fictícios, chantagens, obras de arte, terrenos, contas em paraísos fiscais, empresas de fachada, mansões, jatos privados e até dinheiro camuflado na construção de piscinas.
No meio da semana a Justiça americana lançou a segunda etapa na operação contra a corrupção no futebol. Um total de 24 dirigentes e empresários já foram indiciados, e os americanos alertam que pelo menos mais 27 estarão na lista até 2016. O impacto na América Latina tem sido profundo, com a prisão, afastamento e até fuga de presidentes de confederações e associações nacionais. Brasil, Chile, Bolívia, Costa Rica, Honduras, Guatemala, Venezuela e Colômbia foram sacudidas pela crise.
Os americanos já confiscaram US$ 100 milhões dos envolvidos, e as multas chegaram a US$ 190 milhões. “Em 25 anos, a corrupção floresceu e se transformou em endêmica”, disse o Departamento de Justiça dos EUA.
De acordo com os americanos, não é apenas a extensão geográfica que chama a atenção, mas também a maneira como o dinheiro foi “contrabandeado” por fronteiras.
Jack Warner, ex-vice-presidente da Fifa, por exemplo, chegou a usar dinheiro do Fundo de Desenvolvimento para o Futebol para comprar uma mansão em Miami em 2005. Ele também mandou seu filho Daryan em um avião até Paris para receber uma mala de dinheiro da campanha da África do Sul para sediar a Copa de 2010.
Daryan nem dormiu em Paris. Horas depois de chegar à França, embarcou em um voo de retorno para Trinidad e Tobago.
Para pagar propinas para Teixeira e outros dirigentes, J. Hawilla criou empresas de fachada em nome do brasileiro José Margulies (conhecido como José Lázaro), e que serviam para receber e pagar as propinas. Ele ainda usava o serviço de doleiros, “destruía com regularidades provas de suas atividades e orientava dirigentes a não usar contas em seus nomes para não chamar a atenção da Justiça”.
TABELA
Na Conmebol, as investigações também apontam profundos desvios de verbas. O volume de propinas e o fato de ser generalizada chegou a obrigar as empresas a criar tabelas de subornos, baseados na importância de cada federação nacional dentro da Conmebol.
Se inicialmente apenas Argentina, Brasil e Uruguai levavam dinheiro para permitir que contratos fossem assinados, o cenário mudou depois que seis federações menores do continente se rebelaram em 2009. O motivo: também queriam sua parte na propina. Assim, quando a empresa Datisa foi criada em 2013 para obter o contrato para a Copa América até 2023, pagava por edição US$ 3 milhões para os “grandes” e US$ 1 milhão para as federações menores.
Não faltaram nem mesmo tentativas de enganar as autoridades americanas com justificativas absurdas. O uruguaio Eugenio Figueredo alegou “demência” para não responder a perguntas do fisco americano. Hoje, está preso em Zurique.

Mais conteúdo sobre:

Encontrou algum erro? Entre em contato

Esquema de corrupção na CBF recebeu R$ 120 milhões, diz FBI

Esquema de corrupção na CBF recebeu R$ 120 milhões, diz FBI

Esse é o valor da soma das propinas pagas a Del Nero, Marin e Ricardo Teixeira – os três últimos presidentes da entidade

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Businessman Joaquim Alencar wants to play the presidency of the Amazonian Football Federation

Businessman Joaquim Alencar wants to 
play the presidency of the Amazonian 
Football Federation
 

Businessman Joaquim Alencar wants to play the presidency of the Amazonian Football Federation


 

 

Empresário Joaquim Alencar quer disputar a presidência da Federação Amazonense de Futebol


0
247

Se o presidente da Federação Amazonense de Futebol reclamava de que ninguém queria assumir o “pepino”, não tem mais argumento. O empresário Joaquim Alencar, que fez história no futebol amazonense ao promover grandes eventos, como a vinda do Cosmos de Nova Iorque a Manaus e a contratação do “Furacão da Copa de 70” Jairzinho pelo Fast Clube, quer o cargo, mas não acredita no discurso de desapego do atual mandatário.

Confira a entrevista que ele deu ao blog:
Blog – O presidente da FAF, Dissica Valério Thomaz, está no cargo há muito tempo e costuma dizer que só continua porque não tem quem queira substitui-lo. O que o senhor acha dessa afirmação?
Joaquim – Não é verdade , até porque Lionel Ferreira , que foi candidato várias vezes . sempre reclama que o presidente da não disponibiliza nada e esconde inclusive o edital de convocação .
Blog – O que você acha da condução do futebol amazonense?
Joaquim – A gestão deixa a desejar em todos os sentidos. Não tem planejamento e nem objetivo .
Blog – Por que campeonatos de bairro e o Peladão fazem mais sucesso que o Campeonato Amazonense?
Joaquim – Porque eles têm planejamento, mídia e apoio de patrocinadores, além de estratégias de marketing.
Blog – O que o credenciaria a ser presidente da FAF?
Joaquim – Tudo que aconteceu de bom no futebol amazonense nos últimos 40 anos foi realizado pelo Joaquim Alencar e seus pares ou teve  a participação dele .
Blog – O que o senhor pensa sobre as denúncias de corrupção no futebol?
Joaquim – Com a palavra o Ministério Público do Estado, que já denunciou o malfeito .

Paloma Bernardi surpreende ao surgir quase nua na web

Paloma Bernardi surpreende ao surgir quase nua na web

Redação Vida e Estilo
Yahoo Vida e Estilo

Paloma Bernardi exibe boa forma (Reprodução/Instagram)
Dona de um belo rosto e de um par de olhos claros que costumam se destacar por onde ela passa, a atriz Paloma Bernardi, 31, apareceu em um clique ousado que foi divulgado nas redes sociais.
Nesta última quarta-feira (21), o fotógrafo André Schiliró divulgou o registro em seu Instagram. Na foto em questão, a famosa surgiu nua e coberta apenas por um pedaço de lã. “A lindíssima e maravilhosa Paloma Bernardi”, elogiou o profissional na legenda da imagem que arrancou suspiros de muita gente. “Adorei, sempre bom ser clicada por você”, agradeceu a artista da TV Record.
Após encerrar os trabalhos como a vilã Samara na novela bíblica “A Terra Prometida”, Paloma Bernardi se prepara para fazer bonito no Carnaval de 2017. Rainha de bateria da escola de samba carioca Grande Rio, a namorada do ator Thiago Martins, 28, está animada com a chegada da folia. “Acho que vai ser incrível você poder juntar o Carnaval da Bahia com o do Rio através da Ivete”, comentou ela em uma entrevista sobre o enredo da agremiação que vai homenagear a cantora Ivete Sangalo, 44.

A queda do ‘Imortal’ Colorado

A queda do ‘Imortal’ Colorado
Salvador, 23 de dezembro de 1979.
Estava com meus pais e irmãos na casa do meu tio, onde iríamos passar o Natal.
Naquele dia, no estádio do Beira Rio, Internacional e Vasco da Gama decidiriam o título brasileiro.
O Colorado, por ter vencido a primeira partida das finais no Maracanã, 2 a 0, com dois gols de Chico Spina, já era considerado o virtual campeão. Aos cariocas caberiam o improvável.
A equipe gaúcha estava invicta e buscaria o terceiro título brasileito, algo inédito até então.
Juntamente com meus primos, éramos 10 pessoas. Apenas um deles, vascaíno.
Resolveu-se fazer um bolão. Dentro de uma caixa foram colocados números de 2 a 11.
Saudade do tempo em que eram apenas estes números (e que goleiros não marcavam gols).
Cada um pegaria um número. O vencedor seria quem pegasse o número do autor do primeiro gol da partida.
Se não tive a sorte de pegar o número 9 dos centroavantes, Bira, goleador que viera do futebol paraense, e de Roberto Dinamite, fiquei com o 8, do colorado Jair e do cruzmaltino Paulinho.
A cada jogada, a minha torcida era pelo 8.
Aos 40 minutos do primeiro tempo, em jogada iniciada por Mário Sérgio, a bola soprou nos pés de Jair que driblou o goleiro Leão e abriu o placar.
Minha primeira e uma das raras vitórias em um bolão.
No segundo tempo, foi apenas ver a aula de futebol daquele time de vermelho.
O Internacional jogava demais.
Comandados pelo técnico Enio Andrade, Benitez, João Carlos, Mauro Pastor, Mauro Galvão e Cláudio Mineiro; Batista, Falcão, que marcou o segundo gol, e Jair; Valdomiro, depois Chico Spina, Bira e Mário Sérgio, confirmaram o título, com uma vitória por 2 a 1 que só não foi maior por conta de uma grande atuação de Leão, o goleiro da equipe carioca.
A vitória colorado no entanto significou muito mais para mim. Como imaginar que alguma equipe conseguiria algum dia chegar ao feito de ser tricampeão brasileiro, e ainda mais de forma invicta. Talvez por conta disso, sempre tive certo fascínio pelo Internacional, ainda que não seja seu torcedor.
Creio que, até mesmo, para muitos colorados, nenhum time foi tão forte quanto aquele que dominou o futebol brasileiro durante a década de 1970, e que deixou para trás as equipes do eixo Rio-São Paulo, que costumavam dominar este cenário.
Cabe lembrar que até aquele momento o Internacional já era tricampeão, enquanto Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Grêmio, Santos sequer tinham conquistado um único campeonato brasileiro, que começou a ser disputado em 1971.
Também por conta disso, que entre as 5 equipes que até este ano jamais tinham sido rebaixadas, além dos gaúchos, Cruzeiro, Flamengo, Santos e São Paulo, ainda que por tabela a Chapecoense jamais tenha sido também, sempre imaginei que o Internacional seria o único que se perpetuaria na primeira divisão do Campeonato Brasileiro.
Pois é, o destino trouxe, mais uma vez, as quatro linhas algo inapelável a qualquer clube, seja de que tamanho ele for.
Uma pena.

Grande abraço
José Renato Santiago

GALERIA: El TOP 10 ranking FIFA en diciembre

GALERIA: El TOP 10 ranking FIFA en diciembre

9 | Uruguay: 1187 (0)

Rafaela Silva dividiu prêmio dos Jogos Olímpicos e teme fim de benefício

Rafaela Silva dividiu prêmio dos Jogos Olímpicos e teme fim de benefício

Publicidade
Publicidade
Rafaela Silva ostenta nove tatuagens, espalhadas principalmente por seus braços.
Uma delas, feita por ocasião dos Jogos de Londres, em 2012, decreta: "só Deus sabe o quanto eu sofri e o que eu fiz para chegar até aqui".
Outra, marcada com tinta no contorno do antebraço direito, diz que "o medo de perder tira a vontade de ganhar".
Sofrimento, medo, derrota e vitória são palavras que resumem sua trajetória. Mas, passado seu momento de glória, ela prevê outras dificuldades no futuro próximo.
A judoca que protagonizou o maior conto de fadas dos Jogos do Rio com o ouro na categoria leve (até 57 kg) está cética quanto ao futuro do esporte olímpico brasileiro.
A façanha lhe rendeu um prêmio em novembro, no Qatar, de desempenho mais inspirador do megaevento.
Suas principais críticas recaem na iminente fuga de investimento de estatais e patrocinadores após o evento.
"Não melhorou nada em relação a patrocínio. Piorou. Nós tínhamos um apoio do governo que era o Bolsa Pódio, e agora não sabemos se a receberemos mais. Faz falta a todos, inclusive aos medalhistas. Para quem não foi vai fazer mais falta ainda", afirma Rafaela à Folha no polo Cidade de Deus do Instituto Reação, onde treina.
O benefício pago pelo governo federal varia entre R$ 5 mil e R$ 15 mil e contempla atletas que estão entre os 20 melhores do mundo –olímpicos e paraolímpicos.
Rafaela receberá R$ 8 mil mensais até fevereiro. Para alguns atletas, o incentivo cessou após o fim dos Jogos e não houve nenhum edital para a renovação do benefícios desde então.
O Ministério do Esporte diz que, como se trata de lei, não será encerrado e continuará até Tóquio-2020. A pasta afirma estar prestes a lançar um novo edital para o ciclo. Desde 2013, foram investidos mais de R$ 60 milhões na bolsa, que beneficiou 322 atletas.
Para Rafaela, depender da verba pública é um risco. Recentemente, estendeu o contrato com seu único patrocinador pessoal, uma empresa de telefonia, mas diz saber que se trata de exceção.
"Justamente pelo fato de que o tempo não vai parar para esperar o Bolsa Pódio voltar é que me preocupa. A gente treina diariamente, precisa de quimonos que custam R$ 1.600. Eles rasgam. E as contas continuam a cair todos os meses", comenta. "Essa parte financeira está preocupando todos os atletas."
Rafaela liderou um movimento intramuros na seleção de judô durante os Jogos Olímpicos, em agosto.
Com direito a gorda premiação da Confederação Brasileira de Judô pelo ouro, reuniu Mayra Aguiar e Rafael Silva, medalhistas de bronze, e sugeriu que os valores a que tinham direito fossem somados e divididos entre todos.
Os dirigentes aceitaram o rateio. "Se eu ficasse com o valor pela medalha de ouro, ganharia dez vezes mais do que realmente recebi", diz.
Ajudou, por exemplo, Mariana Silva, quinta colocada no meio-médio (até 63 kg) no Rio, que não tem patrocínio.
A judoca diz tirar um complemento de renda de palestras que tem feito pelo Brasil, após a conquista da medalha.
"Com isso, consigo ajudar minha família", diz ela.
Nas apresentações, Rafaela não exibe gráficos sofisticados nem domina os ouvintes com teatralidade. "É mais para contar um pouco da minha história de vida."
"Na maioria fui aplaudida de pé. Vi pessoas secando lágrimas. No fim, nem querem autógrafo, mas um abraço e dizer para não desistir. Elas veem minha medalha, mas não sabem o que eu passei."
Criada na Cidade de Deus, uma das maiores favelas do Rio, achou refúgio no judô.
"Conheci a Rafaela com 8 anos e vi que ela tinha uma força natural da comunidade. Disse: 'um dia vou botar você na seleção'. Ela nem sabia o que era isso", conta Geraldo Bernardes, seu técnico.
O treinador diz que o ímpeto dela o obrigou, no passado, a ir a colégio para demover a direção de expulsá-la.
"Uma vez a Rafaela jogou gesso na cabeça de um moleque. E agora tem escola no nome dela. O que não é a vida, né?", brinca, ao se referir a instituição na zona oeste do Rio que agora a homenageia.
Ela só voltará a competir em fevereiro, no Grand Slam de Paris, com um sonho.
"A sensação de subir ao topo olímpico foi inesquecível. Gostaria de sentir de novo."

Biquíni de tiras ressuscita moda na praia e deixa bronzeado geométrico

Biquíni de tiras ressuscita moda na praia e deixa bronzeado geométrico


Publicidade
A preocupação com o bronzeado perfeito ficou para trás. Com o biquíni da moda deste verão, a ousadia é o que interessa. O resultado do período sob o sol, um inusitado mosaico na pele, fica para depois.
O biquíni de tiras, ou o "strappy bikini", foi precedido pelo sutiã desse gênero, cheio de fitas decorativas e alças feitas para ficarem à mostra –e não mais escondidas como antes. Desenhos geométricos dão um ar moderno à composição que agora chega à areia, escolhida por ser "diferente".
Foi a palavra mais repetida pelas mulheres entrevistadas pela Folha na praia, como a dentista Patrícia Negreiros, 26, que usava um conjunto preto e liso, mas com trançados que deixam as peças vazadas. "É interessante, uma parte diferente do corpo fica à mostra", diz, apontando para o espaço entre os seios.
Por ser "diferente", Camila Camargo, 34, elegeu o modelo para seu último dia na praia –ela está prestes a se mudar para Londres, onde o marido mora. E foi ele quem lhe presenteou o biquíni, via correio. "Ele é ligado nisso, deve saber que está na moda", presume.
MARQUINHA
"Se vai ficar bom ou não depois do sol, aí não sei, são outros quinhentos", diz Flávia Carpas, 35, sentada em sua cadeira de praia em Maresias no início de uma manhã nublada. Na parte de baixo do biquíni branco, três tiras de cada lado recortam seu quadril. "Tem que ter estilo."
"A onda do biquíni está sofisticada", diz Sharon Azulay, diretora criativa da marca BlueMan. "A mulher brasileira não está mais na 'vibe' de ficar tostando no sol. Por conta das redes sociais, pensa mais em tirar foto com o biquíni na praia. A marca de sol ficou para segundo plano."
Ela conta que a tendência, "talvez pela primeira vez" no caso da moda praia, foi importada pelo Brasil, país que normalmente costuma criar modismos. E sugere: "é bonito quando não fica "over", sem carregar nas estampas".
O sol dá as caras e, no fim do dia, Maysa Sumariva, 18, está com a sua marquinha na diagonal, no meio do colo. Ela dá de ombros: "Achei demais, estou arrasando". No dia anterior, quando um esboço do desenho já marcava seu corpo, conta, colocou uma regata para sair e "ficou lindo". "Mandei foto para meu namorado e ele adorou." Sob os seios, o quadriculado de tiras não deixa marca –e ela se diz aliviada. "Aí seria demais."
Em Riviera, a administradora Renata Cunha, 32, usa o biquíni sem se preocupar com a marca porque se protege do sol. "Não gosto da sensação de me expor ao sol, então estou com o biquíni porque o achei bonito mesmo", afirma, sobre o top todo trançado nas costas. O modelo, observa ela, favorece seu colo.
Ao lado, sua amiga Amanda Salgado, 32, é incisiva: "Jamais usaria esse modelo! Na minha técnica para o bronzeado perfeito, alterno o tomara que caia com o cortininha".
Mas há métodos para tomar sol com o biquíni sem embaralhar o bronzeado. As amigas Mariana Zacchi, 32, e Talitha Ficher, 32, compraram juntas, em Juqueí, biquínis com tiras na parte de cima. Ao tomar sol, porém, as escondem, ocultando as fitas embaixo do tecido. Talitha elogia o modelo porque diz ver poucas novas opções de biquínis.
E não é de hoje que a alternativa existe. Há 12 anos, reportagem desta Folha falava sobre a moda da vez: "biquínis cheios de recorte que compõem peças vazadas". Em 2004, porém, a moda não era restrita às tiras: as peças tinham largos decotes –na lateral das peças, por exemplo–, que hoje são comuns.