quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Campeão mundial pelo Corinthians hoje é empresário: 'Quero revelar novos craques'

Kléber surgiu como um dos grandes laterais revelados nas categorias de base do Corinthians no final da década de 90. Nos 13 anos em que passou no Parque São Jorge venceu 10 títulos, entre eles, o Mundial de Clubes, em 2000.

O canhoto nascido na capital paulista dominava os cruzamentos como poucos, dando verdadeiros passes para os centroavantes Luizão, Liédson, Deivid, entre outros. Aos 35 anos, aposentado dos gramados desde o ano passado, ele não largou o futebol. Trabalha junto com o agente Gilmar Veloz  em uma empresa chamada KIJ, que cuida de jovens atletas.
"O final chega para todo mundo, parei por uma decisão minha, fui feliz pela minha cerreira e agora vou continuar com as minhas coisas porque ainda tenho uma vida pela frente", disse o ex-jogador, ao ESPN.com.br
Hoje a rotina do ex-camisa 6 em clubes é bem diferente dos tempos de atleta. Não precisa mais treinar, tem mais tempo para se dedicar à família e consegue até levar e buscar os dois filhos na escola, impensável alguns anos atrás. 
"Eu costumo ver muitos jogos dos profissionais e agora principalmente das categorias de base. Com esse trabalho a gente viaja para tentar descobrir talentos. A ideia é ajudar a revelar novos jogadores e quem sabe novos craques para o Brasil", disse.
Além disso, é dono junto com o amigo e também ex-jogador Carlos Roberto de Oliveira, conhecido como "Mano", do KFC, uma escolinha de futebol na região de Itaquera, na zona leste de São Paulo. No local, Kléber procura fazer atividades socais envolvendo a comunidade da região.
Ele saiu do 'Terrão' do Corinthians para ser campeão do mundo 
Kléber chegou ao famoso 'terrão' do Corinthians com apenas 10 anos de idade e subiu aos 18 anos para o profissional nas mãos de Vanderlei Luxemburgo. Em 99, foi campeão da Copa da São Paulo de Futebol Jr. em um dos melhores times da história da competição, ao lado de Edu, Fernando Baiano, Gil, Éwerthon, Índio, Ânderson, entre outros.
"O time era muito bom, nosso treinador falava assim: 'Quanto menos eu falar, menos atrapalho voces a jogar'(risos). A gente entrava em campo e conseguíamos mostrar nossa qualidade", comemorou.
Na final realizada no Pacaembu, o gol da vitória foi marcado pelo volante Edu, hoje gestor no Timão. "Ele pouco fazia gol na nossa equipe, mas naquela dia foi iluminado com aquele chutaço, porque estávamos muito cansados, ia ser complicado aguentar uma prorrogação (risos)", falou.  
Grande parte daqueles jovens esteve presente no elenco que disputou o Mundial de Clubes da Fifa, vencido nos pênaltis diante do Vasco, em pleno Maracanã.
"A gente teve a sorte de ter caras como o Vanderlei Luxemburgo e ter um auxiliar como o Oswaldo de Oliveira, que trabalhava demais com a gente. Ele dava todos os caminhos das pedras para a gente chegar no time de cima. Quando subimos não sentimos tanto problema porque ele já tinha trabalhado com a gente nessa transição para o profissional". 
O jogador com passagens por Internacional, Santos e seleção brasileira, é muito grato ao atual treinador do Flamengo. "Ele foi um cara que me marcou muito porque confiou em mim, me deu suporte mesmo sendo muito jovem para ser titular no Corinthians", afirmou.
Os campos de terra do clube de Parque São Jorge eram uma fonte de inúmeros talentos para o time de cima. "O clube fazia uma coisa que poucos times fazem hoje em dia, que é dar atenção aos atletas. Eles davam muita atenção para a base, por isso que revelou tantos caras no profissional. O futebol tem que voltar a se pensar na base, porque é ali que os craques são formados e está na hora de retomar isso", analisou.

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