Faixa de capitão e defesa espontânea revelam empenho do técnico em dar moral ao camisa 9
VITOR MACHADO
Rio - O Flamengo quer recuperar a credibilidade de seu maior astro. Guerrero não faz gol há quatro jogos — e da última vez em que balançou a rede, contra o São Paulo, estava há cinco partidas em jejum. Se os números ainda não respaldam o alto investimento — o clube já gastou cerca de R$ 7,2 milhões com ele — Oswaldo de Oliveira busca na análise do desempenho argumentos de defesa. E, ao mesmo tempo, tenta elevar a autoestima do seu centroavante. LEIA MAIS: Notícias, contratações e bastidores: confira o dia a dia do Flamengo
Guerrero vive momento complicado no Flamengo
Foto: Gilvan de Souza / Flamengo / Divulgação
Domingo, contra o Joinville, Guerrero entrou em campo para a sua 13 ª partida pelo Flamengo, em três meses, com a faixa de capitão no braço — Wallace, machucado, e Paulo Victor, que estava suspenso, seriam as primeiras opções. Na entrevista coletiva depois da vitória, o treinador enalteceu a atuação do peruano espontaneamente ao ser perguntado sobre o apoio da torcida e o comportamento do time.
“A torcida do Flamengo é um espetáculo, coisa linda, confesso que fiquei emocionado antes de o jogo começar. Paciência foi o tema da nossa preleção no hotel e no intervalo. A equipe teve esse mérito, e a participação do Guerrero foi fundamental. Ele segurou a bola na frente. O Joinville foi muito melhor contra o Corinthians do que contra nós por esse detalhe. Isso se deve à participação do Guerrero.” Para Oswaldo, a dor no tornozelo direito fez o desempenho do atacante cair no segundo tempo. Por isso, o treinador ressalta a importância de outros jogadores, inclusive reservas, mostrarem capacidade de dividir a responsabilidade com o camisa 9 de decidir os jogos. E revela que a substituição foi mais uma medida para preservá-lo.
“Ele apanhou para caramba, estava muito desgastado. Eu estava torcendo por um gol dele, mas senti, naquele momento, que as possibilidades de ele manter o desempenho ficaram muito diminuídas pelo esforço. A partir dali, a pressão cresceria em cima dele. Foi uma atitude para resguardá-lo”. TRATAMENTO À DISTÂNCIA
Guerrero ainda sente dores no tornozelo direito e tem feito tratamento à base de infiltrações, como ele mesmo revelou em entrevista coletiva na semana passada. Embora esteja liberado pelos médicos, o atacante ainda precisa de acompanhamento, que será feito à distância.
O camisa 9 se juntou ontem à seleção do seu país. O Peru estreia quinta-feira nas Eliminatórias da Copa do Mundo, contra a Colômbia, em Barranquilla. Na terça-feira da próxima semana, o duelo será com o Chile, em casa. No dia seguinte, o Flamengo pega o Figueirense, no Orlando Scarpelli, e Guerrero, provavelmente, desfalcará o time.
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